O meu grande amigo e poeta José do Carmo Francisco, depois de ler este blogue e ver a fotografia do cabeçalho, escreveu esta balada com janelas, Lisboa e miradouros.É para nós, janelantes...
Obrigada, José, e até Agosto!
Balada da Fábula Urbis
Na antiga marcenaria
Numa das sete colinas
Há um lugar de poesia
Numa casa sem esquinas
No gaveto de duas ruas
Sobreloja, boas vistas
Uma hora vale por duas
No roteiro dos turistas
Um piano e uma guitarra
Personagens num estrado
A música alcança a barra
Do Tejo que passa ao lado
Na passagem das figuras
As coisas mais importantes
São as rodas das viaturas
E os livros nestas estantes
Para quem já perdeu a fé
Ou apanhou grande susto
Senta-se e bebe um café
Ajuda o comércio justo
Nas janelas de Lisboa
Entre vozes de vizinhas
Na roupa a secar à toa
Há gatos e cuequinhas
Já passou um amarelo
A caminho dos Prazeres
Na direcção do Castelo
Ouvi risos de mulheres
Vozes puras, de cristal
Miradouro da alegria
São sonhos de Portugal
Na porta da Livraria
José do Carmo Francisco
Na antiga marcenaria
Numa das sete colinas
Há um lugar de poesia
Numa casa sem esquinas
No gaveto de duas ruas
Sobreloja, boas vistas
Uma hora vale por duas
No roteiro dos turistas
Um piano e uma guitarra
Personagens num estrado
A música alcança a barra
Do Tejo que passa ao lado
Na passagem das figuras
As coisas mais importantes
São as rodas das viaturas
E os livros nestas estantes
Para quem já perdeu a fé
Ou apanhou grande susto
Senta-se e bebe um café
Ajuda o comércio justo
Nas janelas de Lisboa
Entre vozes de vizinhas
Na roupa a secar à toa
Há gatos e cuequinhas
Já passou um amarelo
A caminho dos Prazeres
Na direcção do Castelo
Ouvi risos de mulheres
Vozes puras, de cristal
Miradouro da alegria
São sonhos de Portugal
Na porta da Livraria
José do Carmo Francisco
José do Carmo Francisco (Portugal, 1951), foi Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores com o livro "Iniciais". É secretário da Associação Portuguesa de Críticos Literários.
Autor dos livros: "Iniciais" (1981), "Universário" (1982), "Transporte Sentimental" (1987), "Jogos Olímpicos" (1988), "1983 - Um resumo" (1991), "Leme de luz" (1993), "Mesa dos Extravagantes" (1997), "As emboscadas do esquecimento" (1999), "De súbito" (2001), "Os guarda-redes morrem ao Domingo" (2002), "O Saco do Adeus" (2003), "Pedro Barbosa, Jesus Correia, Vítor Damas e outros retratos" (2005) y "Mansões abandonadas" (2007).
4 comentarios:
Muito obrigado!
Obrigado Carlos pelos versos e obrigado Marta por trazeres e descobrires para nós seu amigo.
Um poema bem ao jeito do Zé do Carmo que tão bem conhece Lisboa, os seus costumes e as suas gentes. Um abraço, Zé do Carmo.
Um beijo Marta.
Obrigados Zé, por tanta bela palavra de boas-vindas.
~
~
~
~
~
~
Já agora muda lá o Carlos para José, não custa nada... JCF
Publicar un comentario